quinta-feira, 17 de julho de 2008

Casa

Sonhei acordada naquela casa.
No entanto, sombria, alma fria, com medo...
-Deixa sentir teu natural encanto
solitário abrigo em que permaneço.

Pude ver sua aquarela em certo momento
no mistério em que adoecia,
casa de meu desejo... aconchega
a ansiedade peregrina na casa vazia.

No íntimo rangendo desiludido
meu coração aflito em cantos rachados.
Uivou um sopro na poeira disfarçada
quisera ouvir nada, mas

casa...Sonhei com estrelas restaurando
a proteção a cada noite.
Sofro pelo tempo qual foi perdido.
Por só agora encontrar

toda tralha escondida
no vazio atormentado da bagunça quieta,
cada pequena parte desonesta,
mentiras ocultas sob esta.

Em um canto iluminado
um grão de poeira suspenso
uma lasca de madeira corrompida
goteira insitente de sentimentos esquecidos.

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